The Axis II Work Group of the Task Force on Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders (DSM-IV) has expressed concern that antisocial personality disorder (APD) criteria are too long and cumbersome and that they focus on antisocial behaviors rather than personality traits central to traditional conceptions of psychopathy and to international criteria. R. D. Hare et al describe an alternative to the approach taken in the DSM-III—Revised (DSM-III—R; American Psychiatric Association, 1987), namely, the revised Psychopathy Checklist. The authors also (...) discuss the multisite APD field trials designed to evaluate and compare 4 criteria sets: the DSM-III—R criteria, a shortened list of these criteria, the criteria for dyssocial personality disorder from the 10th edition of the International Classification of Diseases (World Health Organization, 1990), and a 10-item criteria set for psychopathic personality disorder derived from the revised Psychopathy Checklist. (PsycINFO Database Record (c) 2015 APA, all rights reserved). (shrink)

Transoral laser microsurgery applies to the piecemeal removal of malignant tumours of the upper aerodigestive tract using the CO2 laser under the operating microscope. This method of surgery is being increasingly popularised as a single modality treatment of choice in early laryngeal cancers (T1 and T2) and occasionally in the more advanced forms of the disease (T3 and T4), predomi- nantly within the supraglottis. Thomas Kuhn, the American physicist turned philosopher and historian of science, coined the phrase ‘paradigm shift’ in (...) his groundbreaking book The Structure of Scientific Revolutions. He argued that the arrival of the new and often incompatible idea forms the core of a new paradigm, the birth of an entirely new way of thinking. This article discusses whether Steiner and col- leagues truly brought about a paradigm shift in oncological surgery. By rejecting the principle of en block resection and by replacing it with the belief that not only is it oncologically safe to cut through the substance of the tumour but in doing so one can actually achieve better results, Steiner was able to truly revolutionise the man- agement of laryngeal cancer. Even though within this article the repercussions of his insight are limited to the upper aerodigestive tract oncological surgery, his willingness to question other peoples’ dogma makes his contribution truly a genuine paradigm shift. (shrink)

This paper works out the scheme of “institutional competences” that underlies the famous Hart and Sacks Legal Process Materials first distributed in final mimeographed form in1958. The Materials were not published during the life times of their authors but were nonetheless a major influence on American legal thought from their first distribution as course materials at Harvard Law School until their abrupt fall from prominence in the early 1970s. The Materials offer the scheme as a solution to the apparent (...) anomaly in a democracy of the law making power in both public and private law of unelected judges serving long terms. The paper critiques the Hart and Sacks solution, called law making through “reasoned elaboration,” which they claimed was sharply distinct from legislative law making or administrative fiat. The paper argues that in both public and private law the materials the judge is to elaborate are characterized by contradictory internal logics. The judge has to choose between them without a meta-criterion. In cases with high stakes, extra-juristic normative orientations, whether moral theories or political ideologies, will come into play, regardless of the judge’s commitment to excluding them. The second part of the paper places Hart and Sacks in a larger historical and comparative context of efforts to solve the problem of social order by way of legal rationality. These two parts were preceded in the original paper by a long discussion, now lost but never very satisfying to me, of the Hart and Sacks theory of “private ordering” in relation to state regulatory power. I wrote the paper for extra credit in the spring of 1970 as a third year student at the Yale Law School. I’ve corrected a few typos but haven’t changed it in any other way. I never published it but it was circulated to a limited extent among Legal Process devotees. Eskridge and Frickey, editors of the Materials as published finally in 1994, credit it, along with another unpublished student paper by Roberto Unger, with hastening the demise of the Materials as a master text. The first part of this version of the paper was recently published in Droit et Philosophie, no. 13, p. 97-117 (2021). (shrink)

This paper attempts to understand the nature of guerrilla warfare as taught by T.E. Lawrence in light of Clausewitz and Liddell Hart.

Nathan Hanna has recently addressed a claim central to my 2013 article ‘Must Punishment Be Intended to Cause Suffering’ and to the second chapter of my 2016 book An Expressive Theory of Punishment: namely, that punishment need not involve an intention to cause suffering. -/- Hanna defends what he calls the ‘Aim To Harm Requirement’ (AHR), which he formulates as follows. AHR: ‘an agent punishes a subject only if the agent intends to harm the subject’ (Hanna 2017 p969). I’ll try (...) to show in this note that Hanna’s latest attempts to defend AHR fail. I’ll start by setting out my own view, drawing attention to one significant, but perhaps understandable, misstatement of Hanna’s. I’ll then discuss two alleged counter-examples that Hanna presents to my view, and show that they both fail in their own terms. I’ll also argue that, given assumptions that Hanna is willing to make a scenario closely related to one that Hanna presents counts against AHR. I’ll then discuss how significant it would be if these counter-examples were successful. My view is that it wouldn’t matter much, and that anyone attracted to abolitionism should agree. I’ll conclude with a brief discussion of Hart, which may be of interest to enthusiasts and Hart scholars. (shrink)

FISIOLOGIA DO PARTO E DA LACTAÇÃO ANIMAL -/- ANIMAL REPRODUCTION: PHISIOLOGY OF PARTURITION AND ANIMAL LACTATION -/- Emanuel Isaque Cordeiro da Silva Departamento de Zootecnia da UFRPE WhatsApp: (82)98143-8399 -/- 1. INTRODUÇÃO O sucesso biológico do processo de reprodução culmina com a sobrevivência das crias. Durante a gestação, o feto desenvolve-se no útero materno protegido das influências externas, e obtendo os nutrientes e o oxigênio através da mãe. O parto é o processo biológico que marca o fim da gestação e (...) o início da vida extrauterina do animal. Para garantir a sobrevivência do recém-nascido o parto deve ser um processo controlado para que se inicie unicamente quando o feto tiver alcançado desenvolvimento suficiente que lhe permita enfrentar a vida extrauterina. Após o nascimento, a secreção de leite pela glândula mamária proporciona ao neonato tanto os nutrientes necessários para seu desenvolvimento como as defesas (imunoglobulinas) que lhe protegerão contra as possíveis infecções durante as primeiras fases de sua vida. Parto e lactação constituem a última etapa de um ciclo reprodutivo completo nas fêmeas dos animais domésticos, estando ambos os processos regulados e sincronizados por complexas mudanças hormonais na mãe. Estas mudanças são, em última análise, provocadas e governadas pelo próprio feto ou recém-nascido, o qual acomoda as respostas maternas às suas necessidades garantindo a sua sobrevivência. 2. O PARTO O parto é definido como o processo fisiológico pelo qual ocorre a expulsão de um ou mais fetos maduros, bem como das membranas fetais existentes no útero materno. Este processo é desencadeado por uma interação complexa entre as hormonas maternas (fatores maternos) e fetais (fatores fetais). Para que se realize a expulsão do feto é necessário que o útero deixe de ser um órgão quiescente, essencial para a manutenção da gestação, para ser um órgão contrátil. Ao mesmo tempo, o cérvix ou colo uterino, que durante a gestação permanece firmemente fechado para impedir a expulsão prematura do feto e evitar a entrada de agentes infecciosos, relaxa e dilata para facilitar a passagem do feto na hora do parto. Esta modificação na atividade do útero e do colo uterino, ocorrem como consequência das mudanças hormonais que o organismo materno experimenta à medida que a data do parto se aproxima. 2.1 Fatores maternos A gestação dos animais domésticos ocorre com elevada concentração de progesterona que, dependendo da espécie animal, é secretada seja pelo corpo lúteo do ovário (vaca, porca e cabra) ou pela placenta (ovelha e égua). A progesterona desempenha um papel fundamental durante a gestação, inibindo as contrações da musculatura lisa do útero (miométrio), permitindo assim a acomodação do feto durante o seu crescimento. Os estrogênios, estimulantes da atividade contrátil do miométrio, mantêm-se a baixas concentrações durante a maior parte da gestação. À medida que se aproxima o momento do parto, os níveis destes hormônios esteroides modificam-se, produzindo-se a diminuição nos níveis circulantes da progesterona ao mesmo tempo que se incrementam os valores sanguíneos dos estrogênios (figura 1). A redução dos níveis de progesterona suprime a sua ação inibitória sobre a atividade contrátil do miométrio, permitindo que se manifestem os efeitos estimulantes dos estrogênios sobre este órgão. A concentração de estrogênios começa a aumentar geralmente no final da gestação, atingindo os seus valores máximos no momento do parto (figura 1). O aumento da concentração de estrogênios favorece a atividade contrátil espontânea do útero ao: a) estimular a síntese de proteínas contráteis; b) aumentar, sob medida, a sensibilidade do miométrio uterino à ação estimulante das prostaglandinas; c) induzir a formação de receptores de oxitocina no útero. -/- Figura 1. Níveis de progesterona e estrógenos durante a gestação e parto das espécies ovina, caprina, suína e bovina. Fonte: HAFEZ, 2013. Os estrogênios estimulam a síntese e secreção de prostaglandina (PGF2a), que constitui o elemento essencial para o início do parto devido aos efeitos que esta substância provoca. Assim, nas fêmeas, cujos níveis de progesterona gestacional dependem da presença do corpo lúteo, a secreção de PGF, origina a regressão deste (luteólise), com a consequente diminuição da progesterona a níveis basais. Além disso, a PGF2a origina contrações de crescente intensidade no útero sensibilizado pela ação dos estrogênios. Esta ação contrátil da PGF2a deve-se a um aumento da concentração de cálcio intracelular das fibras musculares uterinas. A PGF2a também está envolvida no relaxamento do colo do útero, inibindo a formação de colágeno cervical ao mesmo tempo que estimula a síntese de enzimas (colagenase) que degradam a matriz de colágeno formado no início da gestação. A dilatação do colo do útero está também associada à pressão que o feto exerce sobre o mesmo e, no caso da porca, a relaxina pode também estar envolvida. Esta hormona é também de grande importância para a preparação do parto em todas as espécies animais, uma vez que é responsável pelo relaxamento dos ligamentos e músculos que rodeiam o canal pélvico para favorecer a separação da sínfise púbica durante a expulsão do feto. Nos grandes animais (vaca, égua) as mudanças que ocorrem nos tecidos e ligamentos pélvicos são muito evidentes e constituem um sintoma de parto iminente. O início do parto, ou primeira fase do parto, caracteriza-se pelo aumento das contrações uterinas provocadas pela PGF2a coincidindo com a dilatação do colo uterino para permitir a passagem do feto para o canal do parto, momento em que começa a segunda fase do parto. A distensão vaginal que produz-se para a passagem do feto pelo canal do parto origina um estímulo nervoso que viaja através da medula espinal para o hipotálamo, onde se encontram os neurônios responsáveis pela síntese de oxitocina. As terminações nervosas destes neurónios são projetadas para o lobo posterior da hipófise (neurohipófise), onde a oxitocina é secretada para ser, posteriormente , transportada pela circulação sanguínea. Este reflexo neuroendócrino chamado reflexo de Ferguson determina a secreção súbita de oxitocina, provocando o aumento tanto na intensidade como na frequência das contrações uterinas necessárias para a expulsão final do feto. O papel da oxitocina é ativar a conclusão do processo de expulsão, uma vez que esta hormona não está envolvida no início do parto. A alteração mais significativa entre a gestação e o parto é a alteração na atividade contrátil do miométrio uterino. Esta mudança é devido às alterações hormonais que ocorrem na mãe quando a gestação chegou a fim. No entanto, para que estes mecanismos maternos sejam acionados, é necessário que o feto indique de alguma forma à mãe o seu estado de desenvolvimento, de modo que o nascimento realize-se quando o feto estiver preparado para enfrentar a vida extrauterina. 2.2 Fatores fetais A destruição experimental da hipófise e/ou das glândulas adrenais do feto origina o prolongamento da gestação nos animais domésticos. Pelo contrário, a administração exógena de cortisol (corticosteroides adrenais), ou do seu precursor hipofisário (ACTH), à circulação fetal provoca, em poucas horas, o início do parto. Estes fatos evidenciam a importância do eixo hipófise-adrenal do feto para desencadear o início do parto (figura 2). Figura 2. Mecanismos fetais que controlam o parto em ovelhas. Fonte: LIGGINS et al, 1972. No final da gestação, o feto maduro apresenta um aumento da concentração de corticosteroides plasmáticos devido ao efeito estimulante da hormona adrenocorticotróide (ACVH) secretada pela hipófise fetal sobre as glândulas adrenais do feto. Os corticosteroides fetais por sua vez estimulam as enzimas placentárias para transformar a progesterona em estrogênio. O resultado final é a diminuição dos níveis de progesterona ao mesmo tempo que se eleva a concentração de estrogênios que, por sua vez, estimulam a libertação de PGF2a responsável pelas contrações uterinas. Este raciocínio explica algumas doenças caracterizadas por gestação prolongada em ovelhas, como ocorre na África do Sul, onde estes animais são obrigados, durante as épocas de seca, a ingerir as folhas de um arbusto chamado Salsola tuberculate. O prolongamento da gestação ocorre quando estas folhas são ingeridas durante o último terço da gestação cujos efeitos estão relacionados com a supressão do eixo hipotálamo-hipófise, com o qual as adrenais não recebem o estímulo necessário (ACTH) para a síntese e liberação de corticoides. O efeito contrário é observado nas cabras da raça Angorá, nas quais se produzem, com relativa frequência, partos prematuros que podem estar relacionados com um desenvolvimento precoce das glândulas adrenais. Isto significa que, nos animais domésticos, o feto determina a data do parto. O sinal hormonal que indica à mãe o grau de maturidade do feto é o desenvolvimento do eixo hipotálamo-hipófise-adrenal que origina o aumento na secreção de corticoides fetais que são os responsáveis por desencadear as alterações hormonais no organismo materno necessárias para iniciar o parto. A figura 2 mostra como a remoção da hipófise e as adrenais do feto prolongam a gestação, enquanto a administração exógena de ACTH ou corticoides (cortisol) ao feto originam um parto prematuro. O momento em que ocorre o aumento da concentração plasmática de corticoides no feto varia de acordo com a espécie: de 25 a 30 dias antes do parto na vaca, de 7 a 10 dias na porca e de 2 a 3 dias na ovelha. 2.3 Desenvolvimento e fases do parto O parto inicia-se com o início das contrações peristálticas e regulares do miométrio uterino ao mesmo tempo que o colo do útero se dilata progressivamente. Nas fêmeas que gestam um único feto (monotecas), as contrações começam na extremidade anterior do córneo uterino, enquanto que nas espécies que gestam vários fetos (politocas) as contrações começam pela extremidade cervical para começar a expulsar o feto que se encontra mais próximo do cérvix. Durante o parto são reconhecidas três fases: 1. Fase preparatória - Na qual as contrações uterinas estimulam a rotação do feto (fêmeas monotecas) para adotar a posição dorsal (extremidades anteriores e cabeça forçadas contra o cérvix) que lhe permite oferecer a menor resistência para sua expulsão. A PGF2a provoca as contrações miometriais e a dilatação do cérvix, deslocando o feto contra e através desta estrutura. 2. Fase de expulsão - A passagem do feto através do colo uterino e da vagina causam a completa dilatação destas estruturas, originando a secreção de oxitocina (reflexo de Ferguson), que provoca contrações de maior frequência e intensidade. Por sua vez, estas contrações uterinas são reforçadas pela pressão e contração dos músculos abdominais, chegando estes últimos a ser a força principal (forças de expulsão) envolvida no processo de expulsão do feto. O cordão umbilical rompe-se bem ao levantar-se a mãe ou pelos movimentos do recém-nascido. 3. Fase de expulsão da placenta - Após o parto, as contrações rítmicas do útero continuam a facilitar a expulsão da(s) placenta(s). O tempo necessário para este processo varia de acordo com a espécie animal. Este processo é rápido na égua, já que a separação do corion (membrana fetal) de sua inserção uterina ocorre durante a expulsão do feto, com o qual o parto deve ser concluído rapidamente ou, caso contrário, o potro se asfixiaria. Nos ruminantes, a expulsão da placenta cotiledonaria é um processo mais lento que exige a separação dos cotilédones (membrana fetal) das carúnculas do útero. Por conseguinte, a troca de nutrientes e oxigênio entre a mãe e o feto continua até que este tenha sido totalmente expelido, devido ao cordão umbilical destes animais ser bastante longo. Nas fêmeas politocas, como a porca, geralmente as placentas de vários leitões são expulsadas no final, quando os leitões já foram expelidos, se bem que o último leitão poderá ser expelido durante a expulsão da massa placentária. 3. LACTAÇÃO A lactação constitui o processo que define os mamíferos como classe biológica. O desenvolvimento pós-natal dos mamíferos vai depender, em grande medida, dos nutrientes e defesas fornecidos pela mãe através da secreção de leite (imunoglobulinas). Assim, uma vez concluído o desenvolvimento gestacional do feto, a glândula mamária irá substituir, de certa forma, a função nutritiva e protetora da placenta durante a gestação. 3.1 Anatomia funcional da glândula mamária A estrutura funcional da glândula mamária é muito semelhante em todos os mamíferos, embora o tamanho, forma e número de glândulas varia dependendo da espécie animal. As glândulas mamárias desenvolvem-se como estruturas pares cujo número varia de um par (égua, cabra e ovelha), dois pares (vaca) até sete ou nove (porca). A localização das glândulas também difere sendo inguinal em vaca, égua, cabra e ovelha, enquanto que na porca, cadela e gata se estendem por todo o comprimento do tórax e abdômen. Nos animais domésticos em geral as glândulas mamárias recebem o nome de úberes. Tomando como modelo a vaca, a glândula mamária se organiza em duas estruturas: o estroma, formado por tecido conjuntivo procedente dos ligamentos suspensório medial, localizado entre os dois pares de glândulas, dando suporte à segunda estrutura que é o tecido secretor. Este é formado por acúmulos de células secretoras formando estruturas ocas chamadas alvéolos, que são as unidades fundamentais secretoras de leite. Os alvéolos estão circulados internamente por células epiteliais (secretoras) e rodeados externamente por células mioepiteliais contráteis, cuja contração origina a ejeção do leite (figura 3). O agrupamento de vários alvéolos adjacentes formam um lobo secretor. Figura 3. Diagrama de um agregado de alvéolos na glândula mamária de uma cabra. Fonte: COWIE et al, 1980. Os lobos expelem a secreção através de ductos que, por sua vez, drenam os ductos galactóforas (ductos lácteos) de maior diâmetro, para desembocar em áreas especializadas em armazenar o leite chamadas cisternas (vaca, cabra). Finalmente, a cisterna abre-se para o exterior através do canal papilar da teta. A presença do músculo liso na teta permite-lhe agir como esfíncter para impedir que o leite seja expelido passivamente do interior da glândula. O mamilo/teta é provido de numerosos receptores sensitivos cuja excitação durante a ordenha ou amamentação vai desencadear estímulos nervosos de grande importância para a manutenção da lactação. 3.2 Desenvolvimento da glândula mamária (mamogênese) A glândula mamária difere das demais glândulas do organismo no escasso desenvolvimento que apresenta no nascimento da fêmea, o qual não se inicia até que esta não atinja a puberdade. O início da atividade cíclica do ovário (puberdade) dá origem à síntese de estrogênios (fase folicular do ciclo estral) e progesterona (fase lútea). Os estrogênios originam o alongamento e ramificação dos ductos e a formação de pequenas massas esféricas de células (os futuros alvéolos). Embora este desenvolvimento seja dependente do estrogênio, é também necessária a ação sinérgica da prolactina, hormona do crescimento (GH) e corticoides adrenais, como demonstrado pelos estudos realizados em ratos aos quais foi removida a hipófise, glândulas suprarrenais e ovários (figura 4). A função da progesterona no desenvolvimento da glândula mamária é estimular o crescimento do lobo-alveolar, mas como no caso anterior também requer a ação conjunta dos hormônios acima mencionados. Figura 4. Hormonas relacionadas com o crescimento da glândula mamária e início da secreção de leite na rata hipofisectomizada-adrenoectomizada-ovariectomizada. Fonte: COWIE, 1980. O desenvolvimento da glândula, durante cada ciclo estral, vai depender da duração da fase folicular (níveis elevados de estrogênio), já que nas restantes fases do ciclo, quando os níveis de estrogênio são baixos, os ductos sofrem uma ligeira regressão. Nas espécies com ciclos curtos (rata), em que a fase folicular do ciclo é predominante, enquanto a fase lútea é quase inexistente, verifica-se um grande desenvolvimento dos ductos; enquanto que aquelas que apresentam um corpo lúteo funcional de longa duração (cadela e primatas), além do crescimento dos ductos, mostram um grande desenvolvimento lóbulo-alveolar semelhante ao que ocorre na gestação. É durante a gestação que o sistema alveolar sofre uma hipertrofia considerável, resultando em lobos proeminentes e no desenvolvimento da luz interna dos alvéolos, fato que é evidente na maioria dos animais domésticos por volta da metade do período gestacional. Em algumas espécies, as células que circundam interiormente os alvéolos contêm produtos secretores, indicando que a glândula mamária já está preparada para a fase da lactação. O desenvolvimento glandular durante a gestação deve-se ao efeito conjunto da progesterona e dos estrogênios com as hormonas hipofisárias acima mencionadas: prolactina, hormona do crescimento (GH) e adrenocorticotropina (ACTH). A proporção entre estrogênios e progesterona varia de acordo com a espécie, mas geralmente é necessária uma maior concentração de progesterona (proveniente do corpo lúteo ou da placenta). Quanto às hormonas hipofisárias, a prolactina desempenha um papel fundamental na diferenciação da glândula mamária (mesmo a baixas concentrações) ao estimular o desenvolvimento do epitélio secretor dos alvéolos. A GH favorece o crescimento dos ductos e a ACTH estimula a secreção de corticoides nas adrenais que, por sua vez, favorecem de forma generalizada o crescimento das glândulas. 3.3 Secreção da glândula mamária (lactogênese) A lactogênese, ou o processo pelo qual se produz a síntese e secreção do leite pela glândula mamária, começa no final da gestação coincidindo com o desencadeamento do parto. O primeiro leite formado imediatamente antes ou depois do parto é denominado colostro. No entanto, a lactação não pode desenvolver- se completamente até que se inicie o processo de parto. Isto deve-se ao fato de que o processo de lactação resulta de uma interação complexa de hormonas que preparam a glândula mamária para a secreção do leite. Os requisitos hormonais mínimos para o início da lactogênese são: aumento da secreção de estrogênios, prolactina e corticoides, juntamente com a diminuição da concentração de progesterona, perfis hormonais que estão intimamente relacionados com o desencadeamento do parto. Isto deve-se ao fato de que a progesterona inibe a atividade lactogênica da prolactina bloqueando a formação dos seus receptores na glândula mamária durante a gestação impedindo, assim, a prolactina de sintetizar os componentes fundamentais do leite. Pelo contrário, o aumento da concentração de estrogênios no final da gestação (figura 1, na seção do parto) estimula a síntese, o armazenamento e a secreção hipofisária de prolactina. Assim, apesar da glândula mamária estar preparada para iniciar a secreção de leite, muito antes da data prevista para o parto, a elevada concentração de progesterona (existente durante esse período de gestação) impede a fase láctea (saída do leite pelas tetas) de ocorrer antes da expulsão do feto. Desta forma, o feto poderá beneficiar das vantagens que o fornecimento do colostro materno irá trazer para a sua sobrevivência (imunização, nutrição e favorecimento da exoneração do mecônio). O aumento da concentração de estrogênios nos dias que antecederem o parto resulta num rápido aumento das concentrações plasmáticas de prolactina e corticoides. A prolactina é a hormona lactogênica mais importante na síntese dos componentes do leite. No entanto, para que esta hormona possa exercer a sua função, é necessária a participação dos corticoides, já que os mesmos são os responsáveis pelo desenvolvimento das organelas citoplasmáticas (retículo endoplasmático rugoso e aparelho de Golgi) onde se realiza a síntese do leite. No desenvolvimento da lactogênese, para além da prolactina e dos corticoides, participam também outras hormonas como a insulina, a tiroxina e o hormônio do crescimento. A insulina estimula a proliferação de novas células epiteliais na glândula mamária, enquanto a tiroxina, embora não seja essencial para a lactação, pode influenciar no volume de leite produzido pela fêmea (alta produção leiteira). Por último, a hormona do crescimento favorece, em geral, a lactação, existindo atualmente um interesse considerável no uso desta hormona para promover a produção adicional de leite em vacas através da sua administração exógena (trabalho e projeto desenvolvido pela professora titular e médica-veterinária do IFPB Campus Sousa Marianne Christina Velaqua). 3.3.1 Síntese e secreção dos componentes do leite Os principais constituintes do leite são: proteínas (caseína, alfa-lactalbumina, albumina sérica e imunoglobulinas), açúcares (lactose), gorduras (principalmente sob a forma de triglicerídeos), vitaminas, minerais e citrato (no caso dos ruminantes). As proteínas (caseína e alfa-lactalbumina) são sintetizadas no retículo endoplasmático rugoso e posteriormente embaladas em vesículas secretoras do aparelho de Golgi para serem liberadas da célula para a luz alveolar mediante um processo de exocitose. A lactose é o principal açúcar do leite que, além disso, atua regulando a pressão osmótica do mesmo de modo que o volume de leite que a glândula mamária segrega está diretamente relacionado com a quantidade de lactose presente. A síntese da lactose ocorre no aparelho de Golgi pela condensação de glicose e galactose; esta reação é catalisada por uma enzima (lactose sintetase) presente na membrana do aparelho de Golgi que, por sua vez, é ativada pela proteína alfa-lactalbumina. Esta proteína só aparece na glândula mamária e é essencial para a síntese da lactose, o que demonstra que este açúcar é exclusivamente formado no leite. A lactose é também embalada junto com o cálcio, o fosfato e as proteínas nas vesículas secretoras para ser expulsada ao lúmen alveolar por exocitose. As imunoglobulinas (anticorpos IgA) são formadas pelas células plasmáticas, derivadas dos linfócitos B do sangue, como consequência da exposição da mãe a diferentes microrganismos. Estes anticorpos passam para a glândula mamária por migração dessas células a partir dos tecidos adjacentes. Os triglicerídeos são sintetizados no citoplasma e no retículo endoplasmático liso a partir de ácidos graxos provenientes da circulação sanguínea; em seguida, unem-se formando glóbulos de gordura que se dirigem até o vértice da membrana plasmática para serem finalmente expelidos para a luz do alvéolo, rodeados pela membrana, formando assim uma dispersão de glóbulos de gordura (figura 5). Figura 5. Estrutura de três células alveolares durante a síntese do leite. Fonte: COWIE, 1980. Do ponto de vista quantitativo, a caseína e os triglicerídeos constituem as proteínas e as fontes de energia, respectivamente, mais importantes do leite. Por último, o citrato é um intermediário do metabolismo da glicose que ocorre em grande concentração no leite dos ruminantes. Este composto é também englobado no interior das vesículas secretoras, junto com os outros compostos, para sua expulsão à luz alveolar. A composição do leite varia dependendo da espécie animal, e difere também até entre a mesma espécie. Estas variações estão relacionadas com a raça, idade, estágio de lactação e estado nutricional do animal. O teor de gordura no leite de ovelhas, porcas, cadelas e gatas varia entre 7 e 10%. No gado leiteiro estes valores variam de 3,5 a 5,5%, dependendo da raça. Em relação às cabras, os valores de gordura são muito semelhantes aos das vacas, enquanto o leite das éguas é o que tem menor teor de gordura (tabela 1). Espécie Gordura Proteína Lactosa Cinzas/Cálcio Gata 7,1 10,1 4,2 0,5 Vaca holandesa 3,5 3,1 4,9 0,7 Cadela 9,5 9,3 3,1 1,2 Cabra 3,5 3,1 4,6 0,8 Égua 1,6 2,4 6,1 0,5 Tabela 1. Composição do leite em várias espécies (%). Fonte: JACOBISON, 1984. 3.4 Manutenção da lactação (galactopoiese) A capacidade da glândula mamária de secretar um grande volume de leite começa em/ou imediatamente antes do parto, para aumentar no período pós-parto durante um tempo variável e, posteriormente, diminuir de forma gradual. Em geral, existe um paralelismo entre a atividade secretora da glândula e a procura de leite por parte do lactente. Isto deve-se ao fato de sucção pelo lactente, ou a extração por ordenha, que constituem o fator fundamental para a manutenção da lactação. A sucção estimula a lactação de duas formas: a) reduzindo os efeitos inibitórios da pressão intramamária produzida pela acumulação de leite, e b) estimulando intensamente a secreção de hormonas necessárias para manter a síntese e secreção de leite nos alvéolos. As hormonas que desempenham um papel fundamental na manutenção da lactação são: I) a prolactina, que é responsável pela estimulação da síntese e secreção de leite nas células epiteliais nos alvéolos, e 2) a oxitocina, que provoca a contração das células musculares que circundam externamente os alvéolos e os ductos (células mioepiteliais). A libertação de ambos os hormônios ocorre como resultado de um reflexo neuroendócrino originado pela estimulação do mamilo. 3.4.1 Secreção reflexa de prolactina A secreção de prolactina é regulada por dois fatores hipotalâmicos: a dopamina, que inibe a secreção de prolactina e um fator cuja identidade não está bem definida, conhecido como fator liberador de prolactina (PRF)que estimula a liberação deste hormônio. O estímulo sensorial originado como sequência da estimulação do mamilo, pela sucção do lactente, é transportado através da medula espinhal para o hipotálamo, onde atua na inibição da dopamina ou estimulando a secreção do PRF para desencadear a secreção de prolactina da adenohipófise para a circulação sanguínea (figura 6). Figura 6. Reflexos neuroendócrinos secretores de prolactina e oxitocina. Fonte: HAFEZ, 2000. A prolactina estimula a secreção dos componentes do leite para a luz dos alvéolos, afim de repor o volume de leite extraído durante a última ordenha ou sucção. Ao mesmo tempo, a prolactina induz a síntese das proteínas, incluindo a alfa-lactalbumina para estimular novamente a síntese da lactosa, bem como as enzimas necessárias para a produção dos triglicerídeos. Desta forma, a secreção de prolactina originada pelo lactente durante o aleitamento proporciona um mecanismo simples para combinar o volume de produção de leite com as necessidades do lactente. A quantidade de prolactina liberada durante cada período de sucção depende do número de crias, da duração do estímulo e dos intervalos de tempo decorridos entre os períodos de sucção (ou ordenha). No caso das vacas leiteiras, as ordenhas são geralmente realizadas de doze em doze horas, intervalo de tempo suficiente para manter a lactogênese. Os valores plasmáticos de prolactina aumentam imediatamente após o início da ordenha, mas os valores mais elevados são obtidos cerca de meia hora após o início do estímulo (ordenha ou sucção). A secreção de prolactina e a produção de leite são influenciadas de alguma forma pelo fotoperíodo, uma vez que, em alguns animais se comprovou como o aumento do número de horas de exposição à luz dá origem a um aumento da concentração de prolactina circulante, bem como uma maior produção de leite (entre 6 e 10%) (trabalho e projeto elaborado pelos estudantes do curso técnico em agropecuária e da graduação em Medicina Veterinária do IFPB Campus Sousa sob a coordenação e orientação da profa. Me. Esp. Marianne C. Velaqua). 3.4.2 Reflexo da ejeção do leite A sucção do mamilo pelo lactente estimula os receptores sensoriais presentes nesta estrutura, originando a geração de impulsos nervosos que são transmitidos pelas vias nervosas ascendentes da medula espinhal para os corpos celulares produtores de oxitocina no hipotálamo. O estímulo desencadeia a síntese e liberação de um bolo de oxitocina através das terminações nervosas dos núcleos hipotalâmicos para a neurohipófise, da qual é transmitida, através do sangue, para a glândula mamária, provocando a contração das células mioepiteliais que rodeiam os alvéolos (figura 6). Além da estimulação direta do mamilo provocada pela sucção, qualquer estímulo relacionado à ordenha é capaz de gerar o reflexo da ejeção, por exemplo: os estímulos sensoriais auditivos (ruído dos cubos na hora da ordenha), visuais (ambiente da sala de ordenha), táteis (lavagem manual dos mamilos antes da ordenha) e os estímulos olfatórios que se produzem em torno do animal. O desencadeamento do reflexo de ejeção pelos estímulos sensoriais, que não estão diretamente relacionados com a sucção ou ordenha, indica a possível participação de centros superiores do sistema nervoso central para controlar a secreção de oxitocina. Esta teoria é baseada em que os estímulos relacionados com situações de estresse em animais de estimação (medo, ansiedade, frio, etc.) inibem a ejeção do leite. A contração das células mioepiteliais gera um aumento da pressão intra-alveolar mamária, provocando o deslocamento do leite para os ductos maiores da glândula. Este efeito é popularmente conhecido como diminuição do leite e constitui um mecanismo fisiológico muito eficaz para controlar a expulsão do leite para o mamilo, assegurando que a ejeção do leite se realize unicamente quando o lactente o demanda. O efeito estimulante da oxitocina é de grande importância já que a maior parte do leite se encontra nos alvéolos e nos ductos, com o qual, a ausência deste hormônio provocaria um lento movimento do leite para a cisterna do úbere e, portanto, uma menor quantidade de leite. Assim, quando os alvéolos e ductos menores são contraídos, ocorre o relaxamento dos ductos principais, bem como da cisterna (ruminantes) e do mamilo, o que dá origem a um aumento destas estruturas para alojar o volume de leite expelido. Como resultado da volumosa ejeção do leite dos alvéolos e ductos menores, ocorre um aumento da pressão intramamária de modo que o lactente terá que vencer a resistência do esfíncter do mamilo para poder extrair o leite. A produção de leite pela glândula mamária diminui gradualmente à medida que os intervalos de tempo entre os dois períodos de amamentação do lactente diminuem e os estímulos necessários para manter as concentrações de prolactina e oxitocina na circulação sanguínea. A diminuição ou cessação da secreção de leite, geralmente coincide com a mudança na alimentação das crias (desmame) para passar à dieta característica da espécie. 3.5 Colostro O colostro é o primeiro leite que se forma na glândula mamária coincidindo com o parto. A ingestão de colostro por recém-nascidos é de grande importância para a sua sobrevivência, não só pelo seu elevado valor nutritivo, mas também pelo seu teor em imunoglobulinas (IgA) que lhe confere a imunização passiva necessária para o proteger contra patologias. Em algumas espécies (homem, coelho e cobaia) grande parte dos anticorpos passam para a circulação do feto através da placenta durante a gestação. Nos animais domésticos (vaca, égua, ovelha, cabra, porco) as características da placenta (número de camadas entre a circulação materna e fetal) não permitem a passagem destas proteínas. Como resultado, a imunização das crias nestas espécies animais vai depender da transferência das imunoglobulinas através do colostro. O epitélio intestinal dos recém-nascidos permite a passagem destas imunoglobulinas durante as primeiras 24 a 48 horas de vida. Passado este tempo, o epitélio torna-se impermeável à passagem dos anticorpos, fato que põe em evidência a importância que tem para os animais recém-nascidos e desprovidos de defesas a ingestão do colostro durante os primeiros dias. A composição do colostro caracteriza-se (em relação ao leite normal) por um teor mais elevado de proteínas, vitaminas, minerais e uma menor concentração de lactose. A composição do colostro muda gradualmente durante os primeiros três dias após o parto para se transformar em leite normal. 4. RESUMO E PRIMEIRAS CONCLUSÕES O parto, ou processo fisiológico pelo qual se expulsa o feto, é o resultado da maturação sequencial de um sistema de comunicação hormonal. A sequência inicia-se no sistema nervoso central do feto de onde os sinais são transmitidos e amplificados, através da hipófise, para as glândulas adrenais fetais, as quais respondem ao estímulo mediante a secreção de cortisol. O aumento da concentração de cortisol por parte do feto indica que este conseguiu o desenvolvimento necessário para enfrentar a vida extrauterina e, portanto, é hora de interromper a gestação. O cortisol atua sobre a placenta para aumentar a secreção de estrogênios que, por sua vez, estimulam a síntese e a liberação de prostaglandinas. O resultado é a diminuição da progesterona, que é a hormona encarregada de manter a gestação ao inibir as contrações espontâneas do útero, impedindo assim a expulsão prematura do feto. O útero, sob os efeitos da prostaglandina, começa a contrair-se ao mesmo tempo que o colo uterino amolece e dilata progressivamente (fase preparatória do parto). A passagem do feto ao canal do parto origina a secreção reflexa de oxitocina (fase de expulsão), causando contrações de maior frequência e intensidade que culminam com a expulsão do feto. Finalmente, as contrações uterinas continuam durante algum tempo até que finalmente é expulsa a placenta (fase de expulsão da placenta). O desenvolvimento da glândula mamária durante a gestação e a subsequente capacidade desta estrutura para secretar leite, coincidindo com o parto, oferece aos animais pertencentes à classe biológica dos mamíferos a vantagem de alimentar as suas crias para assegurar a sua sobrevivência durante as primeiras fases do seu desenvolvimento e, portanto, a continuidade da espécie. A lactação constitui um dos processos fisiológicos mais complexos em consequência do grande número de hormonas que, segregadas de forma coordenada, controlam as diferentes fases pelo que atravessa este processo: I) mamogênese ou desenvolvimento dos dutos e estruturas lóbulo-alveolares durante a gestação; 2) lactogênese ou síntese láctea por células epiteliais e sua secreção para a luz alveolar coincidindo com o parto, e 3) galactopoiese ou manutenção da síntese e secreção do leite como consequência da sua extração da glândula mamária seja pela sucção da cria ou pela ordenha. -/- Emanuel Isaque Cordeiro da Silva – Departamento de Zootecnia da UFRPE. Recife, 2020. -/- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS -/- BEIGHLE, D. E. The effect of gestation and lactation on bone calcium, phosphorus and magnesium in dairy cows. Journal of the South African Veterinary Association, v. 70, n. 4, p. 142-146, 1999. BRACKELL, B. G.; JR SEIDEL, G. E.; SEIDEL, S. 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Reproducción en los animales domésticos. Montevidéu: Melibea, 2002. (shrink)

How should we interpret the Constitution? The “positive turn” in legal scholarship treats constitutional interpretation, like the interpretation of statutes or contracts, as governed by legal rules grounded in actual practice. In our legal system, that practice requires a certain form of originalism: our system’s official story is that we follow the law of the Founding, plus all lawful changes made since. Or so we’ve argued. Yet this answer produces its own set of questions. How can practice solve our problems, (...) when there are so many theories of law, each giving practice a different role? Why look to an official story, when on-the-ground practice may be confused or divided—or may even make the story ring false? And why take originalism as the official story, when so many scholars and judges seem to reject it? This Essay offers a response to each. To the extent that legal systems are features of particular societies, a useful theory will have to pay attention to actual social practice, including the aspects of legal practice we describe. This positive focus really can resolve a great many contentious legal disputes, as shared legal premises lead to conclusions that might surprise us or that ultimately establish one side in a dispute as correct. The most serious challenge to our view is the empirical one: whether originalism is or isn’t the official story of our law. Stripped of their jurisprudential confusion, though, the best competing accounts of our law seem to have far less supporting evidence than our own account. Focusing on social practice as it stands today turns out to direct our attention to the Founders and to the changes over time that their law has recognized. (shrink)

This classic collection of essays, first published in 1968, represents H.L.A. Hart's landmark contribution to the philosophy of criminal responsibility and punishment. Unavailable for ten years, this new edition reproduces the original text, adding a new critical introduction by John Gardner, a leading contemporary criminal law theorist.

In this field questions arise which are certainly difficult; but as I listened last time to members of the group, I felt that the main difficulty perhaps lay in determining precisely what questions we are trying to answer. I have the conviction that if we could only say clearly what the questions are, the answers to them might not appear so elusive. So I have begun with a simple list of questions about discretion which in one form or another were, (...) as it seemed to me, expressed by the group last time. I may indeed have omitted something and inserted something useless: if so, no doubt I shall be informed of this later. The central questions then seem to me to be the following: 1. What is discretion, or what is the exercise of discretion? 2. Under what conditions and why do we in fact accept or tolerate discretion in a legal system? 3. Must we accept discretion or tolerate discretion, and if so, why? 4. What values does the use of discretion menace, and what values does it maintain or promote? 5. What can be done to maximize the beneficial operation of the use of discretion and to minimize any harm that it does? (shrink)

Limited aggregationists argue that when deciding between competing claims to aid we are sometimes required and sometimes forbidden from aggregating weaker claims to outweigh stronger claims. Joe Horton presents a ‘fatal dilemma’ for these views. Views that land on the First Horn of his dilemma suggest that a previously losing group strengthened by fewer and weaker claims can be more choice-worthy than the previously winning group strengthened by more and stronger claims. Views that land on the Second Horn suggest that (...) combining two losing groups together and two winning groups together can turn the losing groups into the winning groups and the winning groups into the losing groups. This paper demonstrates that the ‘fatal dilemma’ is neither fatal nor a dilemma. The First Horn is devastating but avoidable and the Second Horn is unavoidable but not devastating. Nevertheless, Horton’s argument does help to narrow down the acceptable range of views. (shrink)

Infertility, the inability to get pregnant after twelve months or more regular unprotected sexual intercourse is a global phenomenon but among the Ikwerre people of Rivers State, the blame of infertility in the family is always shifted to the woman despite the discovery of modern diagnosis that reveals that men and women can be responsible for childlessness. This research brings to bear the fact that modernity has not affected the Ikwerre people on the blame game of infertility in families. Thus, (...) this paper looked at the problem of infertility using a structured questionnaire of 4-point Likert scale, analyzed the data with a descriptive statistics and simple percentage for the socio-demographic distribution of respondent while mean and standard deviations were used to analyze the research questions. It adopted the use of Fertility Awareness Methods Theory as a panacea to the blame of infertility and concludes that knowledge of the reproductive anatomy and physiology of couples as it relates to fertility will help them make informed decisions concerning childbearing. (keywords: Infertility, Blame, Marriage, Pregnancy). (shrink)

A number of philosophers think that grounding is, in some sense, well-founded. This thesis, however, is not always articulated precisely, nor is there a consensus in the literature as to how it should be characterized. In what follows, I consider several principles that one might have in mind when asserting that grounding is well-founded, and I argue that one of these principles, which I call ‘full foundations’, best captures the relevant claim. My argument is by the process of elimination. For (...) each of the inadequate principles, I illustrate its inadequacy by showing either that it excludes cases that should not be ruled out by a well-foundedness axiom for grounding, or that it admits cases that should be ruled out. (shrink)

Can an ugly experiment be a good experiment? Philosophers have identified many beautiful experiments and explored ways in which their beauty might be connected to their epistemic value. In contrast, the present chapter seeks out (and celebrates) ugly experiments. Among the ugliest are those being designed by AI algorithms. Interestingly, in the contexts where such experiments tend to be deployed, low aesthetic value correlates with high epistemic value. In other words, ugly experiments can be good. Given this, we should conclude (...) that beauty is not generally necessary or sufficient for epistemic value, and increasing beauty will not generally tend to increase epistemic value. (shrink)

This paper examines 18th-century Annamese Neo-Confucian discourse on conceptual issues related to zhongguo and the hua-yi dichotomy as expressed across a diversity of 18th-century writings. I engage with Huang Chun-chieh’s theory of “contextual turn” and localized subjectivity in 18th-century East Asian Confucianisms by arguing that 18th-century Annamese Neo-Confucianism operated along a dissimilar ideological trajectory which affirmed “geographic China, political China, and cultural China” as a transdynastic and singular zhongguo from which Annam received its politico-cultural legitimation and prestige. This discourse of (...) dependence on institutional recognition and geographical connection to the Chinese zhongguo distinguished 18th-century Annamese literati not only from contemporaneous modes of Confucian intellectuality in Japan and Joseon, but also from foundational conceptions of Vietic statehood characteristic of the early Le dynasty. My analysis of metaphysical theories invoked by 18th-century Annamese literati in their discussions of zhongguo and the rise of human civilization engages with both Huang Chun-chieh’s theory of a philological turn away from the metaphysical commitments in 18th-century East Asian Confucianisms and Alexander Woodside’s theory of pre-modern Vietnamese Confucianism being characterized by a non-metaphysical “classical primordialism.”. (shrink)

This essay is about the relationship between the notions of practical reason, the will, and choice in Kant’s practical philosophy. Although Kant explicitly identifies practical reason and the will, many interpreters argue that he cannot really mean it on the grounds that unless they are distinct, irrational and, especially, immoral action is impossible. Other readers affirm his identification but distinguish the will from choice on the same basis. We argue that proper attention to Kant’s conception of practical reason as a (...) capacity reveals that these distinctions are neither textually grounded nor philosophically necessary. His moral psychology concerns a single capacity, practical reason, which is the will, and whose actualities in this or that individual fall under the title of choice. Practical reason is the will and choice because it is the rational faculty of desire: a rational being’s capacity to be, by means of her representations, the cause of the actuality of their objects. This, we argue, is entailed by his conception of rational action: action not just in accordance with, but in and through the representation of, principles. The possibility of irrational action is explained not by a distinction between capacities but by the finitude, and thereby the fallibility, of human reason. (shrink)

Historically, laws and policies to criminalize drug use or possession were rooted in explicit racism, and they continue to wreak havoc on certain racialized communities. We are a group of bioethicists, drug experts, legal scholars, criminal justice researchers, sociologists, psychologists, and other allied professionals who have come together in support of a policy proposal that is evidence-based and ethically recommended. We call for the immediate decriminalization of all so-called recreational drugs and, ultimately, for their timely and appropriate legal regulation. We (...) also call for criminal convictions for nonviolent offenses pertaining to the use or possession of small quantities of such drugs to be expunged, and for those currently serving time for these offenses to be released. In effect, we call for an end to the “war on drugs.”. (shrink)

One way to interpret the work of Joshua Greene (2001; 2008; 2014) is that the wave of empirical research into moral decision-making is a way for us to become more confident in our ability to gain moral knowledge. We argue that empirical research into moral judgment has shown (both survey-based and brain-based) that the grounds of moral judgment are opaque on several dimensions. We argue that we cannot firmly grasp what the morally relevant/irrelevant features of a decision context are, understand (...) which cognitive system responds to said features, and further know that we are actually basing our judgment upon what we take to be the morally relevant features. That is, we argue that moral judgment is very much like other kinds of judgment: Deeply influenced by facts about the decision-context and the decision-maker. However, if moral judgment is merely the exercise of our general judgment making faculty, we shouldn’t be surprised by this result. We conclude by considering what this means for our practice of making moral judgments. (shrink)

Sometimes we learn through the use of imagination. The epistemology of imagination asks how this is possible. One barrier to progress on this question has been a lack of agreement on how to characterize imagination; for example, is imagination a mental state, ability, character trait, or cognitive process? This paper argues that we should characterize imagination as a cognitive ability, exercises of which are cognitive processes. Following dual process theories of cognition developed in cognitive science, the set of imaginative processes (...) is then divided into two kinds: one that is unconscious, uncontrolled, and effortless, and another that is conscious, controlled, and effortful. This paper outlines the different epistemological strengths and weaknesses of the two kinds of imaginative process, and argues that a dual process model of imagination helpfully resolves or clarifies issues in the epistemology of imagination and the closely related epistemology of thought experiments. (shrink)

Kit Fine (2000) breaks with tradition, arguing that, pace Russell (e.g., 1903: 228), relations have neither directions nor converses. He considers two ways to conceive of these new "neutral" relations, positionalism and anti-positionalism, and argues that the latter should be preferred to the former. Cody Gilmore (2013) argues for a generalization of positionalism, slot theory, the view that a property or relation is n-adic if and only if there are exactly n slots in it, and (very roughly) that each slot (...) may be occupied by at most one entity. Slot theory (and with it, positionalism) bears the full brunt of Fine's (2000) symmetric completions and conflicting adicities problems. I fully develop an alternative, plural slot theory (or pocket theory), which avoids these problems, key elements of which are first considered by Yi (1999: 168 ff.). Like the slot theorist, the pocket theorist posits entities (pockets) in properties and relations that can be occupied. But unlike the slot theorist, the pocket theorist denies that at most one entity can occupy any one of them. As a result, she must also deny that the adicity of a property or relation is equal to the number of occupiable entities in it. By abandoning these theses, however, the pocket theorist is able to avoid Fine's problems, resulting in a stronger theory about the internal structure of properties and relations. Pocket theory also avoids a serious drawback of anti-positionalism. (shrink)

Breast cancer treatment is being transformed by artificial intelligence (AI). Nevertheless, most scientists, engineers, and physicians aren't ready to contribute to the healthcare AI revolution. In this paper, we discuss our experiences teaching a new American student undergraduate course that seeks to train the next generation for cross-cultural design thinking, which we believe is critical for AI to realize its full potential in breast cancer treatment. The main tasks of this course are preparing, performing and translating interviews with healthcare professionals (...) from both Portugal and the USA. Since the course is offered in Portugal as a short-term faculty-led study abroad program, students can explore the effect of culture on healthcare delivery and the design of healthcare technologies. The learning tests demonstrated student growth for breast cancer treatment in many areas important for the development of AI. In respect to understanding breast cancer care, most students had undervalued the effect of cancer and its treatment on the quality of life of women before taking this course and most were unaware of the importance of multidisciplinary care teams. Regarding AI in medical, students became more mindful of data privacy issues and the need to consider the effect of AI on healthcare professionals. (shrink)

Can the issue of how important it is whether or not there is a God be decided prior to deciding whether or not there is a God? In this paper, I explore some difficulties that stand in the way of answering this question in the affirmative and some of the implications of these difficulties for that part of the Philosophy of Religion which concerns itself with assessing arguments for and against the existence of God, the implications for how its importance (...) may best be defended within secular academe. (shrink)

Summary: Throughout the history of science, indeed throughout the history of knowledge, unification has been touted as a central aim of intellectual inquiry. We’ve always wanted to discover not only numerous bare facts about the universe, but to show how such facts are linked and interrelated. Large amounts of time and effort have been spent trying to show diverse arrays of things can be seen as different manifestations of some common underlying entities or properties. Thales is said to have originated (...) philosophy and science with his declaration that everything was, at base, a form of water. Plato’s theory of the forms was thought to be a magnificent accomplishment because it gave a unified solution to the separate problems of the relation between knowledge and belief, the grounding of objective values, and how continuity is possible amid change. Pasteur made numerous medical advancements possible by demonstrating the interconnection between microorganisms and human disease symptoms. Many technological advances were aided by Maxwell’s showing that light is a kind of electromagnetic radiation. The attempt to unify the various known forces is often referred to as “The Holy Grail” of physics. Some philosophers have even suggested that providing explanations is itself just a sort of unifying of our knowledge. But while unification (like simplicity) has often been hailed as a tremendous virtue in science, the meaning of the term is not altogether clear. Scientists often don’t specify what, precisely, they mean by unification. And in cases where what they mean is clear, different thinkers plainly mean different things by the term. What are the various senses of unification, and why has unification been such an important aim in the history of inquiry? (shrink)

The JTB definition of knowledge has been shown by Gettier to be incomplete: its three conditions are necessary for knowledge, but not sufficient. We argue that the JTB definition can be completed with a very simple fourth condition, namely that the justification for the belief in p must be sufficient to exclude ¬p. It is shown that the resulting JTB+S definition solves the Gettier problem.

One of the main contentions of the framework for Responsible Innovation (RI) is that social and ethical aspects have to be addressed by deliberative engagement with stakeholders and the wider public throughout the innovation process. The aim of this article is to reflect on the question to what extent is deliberative engagement suitable for conducting RI in business. We discuss several tensions that arise when this framework is applied in the business context. Further, we analyse the place of deliberative engagement (...) in several theories of business ethics. We conclude that there remains a tension between the ideal of RI and the way in which the competitive market operates. Hence, RI scholars should reflect more critically on changes that are required in the market in order to make RI possible, modify the ideal of deliberative engagement for RI in business, or attempt to strike a balance between these two responses. (shrink)

Replacing the value-free ideal (VFI) for science requires attention to the broader understanding of how science in society should function. In public spaces, science needed to project the VFI in norms for science advising, science education, and science communication. This resulted in the independent science advisor model and a focus on science literacy for science education and communication. Attending to these broader implications of the VFI which structure science and society relationships is crucial if we are to properly replace the (...) VFI with a better ideal. (shrink)

According to classical theism, impassibility is said to be systematically connected to divine attributes like timelessness, immutability, simplicity, aseity, and self-sufficiency. In some interesting way, these attributes are meant to explain why the impassible God cannot suffer. I shall argue that these attributes do not explain why the impassible God cannot suffer. In order to understand why the impassible God cannot suffer, one must examine the emotional life of the impassible God. I shall argue that the necessarily happy emotional life (...) of the classical God explains why the impassible God cannot suffer. (shrink)

The thesis defended in this article is that epistemology should treat some of our cognitive limitations not as unfortunate defects or external perturbations to be idealized away in theories of epistemic agency, but as necessary underpinnings of good reasoning. We begin with a problem regarding deliberation that calls epistemic agency into question: our reasons in support of belief are never conclusive and never rule out all doubt. Yet we must rule out all doubt to close deliberation; we must close deliberation (...) to form a full belief; and we must form a full belief to have knowledge. The problem with the first step calls the whole into question. The solution (if we seek an alternative to rejecting traditional epistemic agency, including the existence of beliefs) is our limitations: they prevent us from considering all possible doubt, leaving a tractable space of possibilities. When these limitations are virtuous, they contribute to an effective cognitive system. Once we understand the role of our limitations, it will lead us to a deeper understanding of deliberation, belief, epistemic virtue, and epistemic agency. Limitations are as much a part of agency as, for example, logical relations are. Idealizing them away means idealizing away actual agency. (shrink)

Many pantheists have claimed that their view of the divine is motivated by a kind of spiritual experience. In this paper, I articulate a novel argument, inspired by recent work on moral exemplarism, that gives voice to this kind of motivation for pantheism. The argument is based on two claims about the emotion of awe, each of which is defended primarily via critical engagement with empirical research on the emotion. I also illustrate how this pathway to pantheism offers pantheists distinctive (...) resources for responding to persistent objections to their view, and how it might lead to more exotic views incorporating pantheistic elements. (shrink)

The COVID-19 crisis has highlighted the considerable challenge of sourcing expertise and determining which experts to trust. Dissonant information fostered controversy in public discourse and encouraged an appeal to a wide range of social indicators of trustworthiness in order to decide whom to trust. We analyze public discourse on expertise by examining how social indicators inform the reputation of Dr. Didier Raoult, the French microbiologist who rose to international prominence as an early advocate for using hydroxychloroquine to treat COVID-19. To (...) comprehend how these indicators came to inform his reputation, we outline Dr. Raoult's rise to fame based on discourse about hydroxychloroquine. We then discuss why we trust in experts like scientist-practitioners. This is followed by an examination of how social indicators of trust like status, epistemic authority, influence and values have informed Dr. Raoult's reputation. We conclude with recommendations for how to improve the selection and evaluation social indicators of trust and reputations. Our aim here, instead of making a claim about the efficacy of hydroxychloroquine or Dr. Raoult's reputation per se, is to outline through this case study how social indicators of trust inform reputation and the challenge they present to evaluating expertise. (shrink)

Synthetic biologists aim to generate biological organisms according to rational design principles. Their work may have many beneficial applications, but it also raises potentially serious ethical concerns. In this article, we consider what attention the discipline demands from bioethicists. We argue that the most important issue for ethicists to examine is the risk that knowledge from synthetic biology will be misused, for example, in biological terrorism or warfare. To adequately address this concern, bioethics will need to broaden its scope, contemplating (...) not just the means by which scientific knowledge is produced, but also what kinds of knowledge should be sought and disseminated. (shrink)

In this paper I wish to examine our imagination of the unity of the earth and the process of globalization by contrasting it with the early origins of mapping and measuring the globe. I will pay particular attention to the work of Abū Rayḥān Al-Bīrūnī. I will demonstrate that the assumptions which allowed for Al-Bīrūnī’s advances in the measurement of the globe were based upon a certain understanding of the relationship of place within the sacred order of the cosmos and (...) the role of reason in this connection. This carries over to his anthropological works which considers the history of other religions and cultures. It shows an approach where objectivity in scientific investigation can stand alongside a diversity of religious faiths or visions. I wish to use these insights to consider the positions of such Western writers on the philosophy of globe-formation, such as Carl Schmitt and especially Peter Sloterdijk. Sloterdijk understands the development of our imagination of the globe as a singular history which was achieved primarily through conquest. Comparing these thinkers is important because our understanding of geopolitics and globalization often involves imposing one definition of humanity, reality or the sacred, which marginalizes or vilifies those with differing views. I hope to demonstrate by these contrasts that a unified imagination of the earth through globalization poses extreme dangers, and that the fragmentation of the globe through many religious and secular and artistic projections is the only possibility for a future. That is: the possibility of a future is dependent upon many opposing images of a future. It is only by a return to the initial impulses which led such scientists as Al-Bīrūnī that a true relationship of the human to the earth can be preserved. (shrink)

Sensation should be understood globally: some infant behaviors do not make sense on the model of separate senses; neonates of all species lack time to learn about the world by triangulating among different senses. Considerations of natural selection favor a global understanding; and the global interpretation is not as opposed to traditional work on sensation as might seem.

Speaks defends the view that propositions are properties: for example, the proposition that grass is green is the property being such that grass is green. We argue that there is no reason to prefer Speaks's theory to analogous but competing theories that identify propositions with, say, 2-adic relations. This style of argument has recently been deployed by many, including Moore and King, against the view that propositions are n-tuples, and by Caplan and Tillman against King's view that propositions are facts (...) of a special sort. We offer our argument as an objection to the view that propositions are unsaturated relations. (shrink)

This paper presents and defends a model of religious faith as an epistemic disposition. According to the model, religious faith is a disposition to take certain doxastic attitudes toward propositions of religious significance upon entertaining certain mental states. Three distinct advantages of the model are advanced. First, the model allows for religious faith to explain the presence and epistemic appropriateness of religious belief. Second, the model accommodates a variety of historically significant perspectives concerning the relationships between faith and evidence, faith (...) and volition, and faith and doubt. And, finally, the model offers an appealing account of what unifies religious faith with other kinds of faith. (shrink)

It is not uncommon to think that the existence of exhaustive and infallible divine foreknowledge uniquely threatens the existence of human freedom. This paper shows that this cannot be so. For, to uniquely threaten human freedom, infallible divine foreknowledge would have to make an essential contribution to an explanation for why our actions are not up to us. And infallible divine foreknowledge cannot do this. There remains, however, an important question about the compatibility of freedom and foreknowledge. It is a (...) question not about the existence of foreknowledge, but about its mechanics. (shrink)

What is sexual orientation? The contemporary consensus among philosophers is that it is a disposition. Unsurprisingly, recent debates about the metaphysics of sexual orientation are almost entirely intramural. Behavioral dispositionalists argue that sexual orientation is a disposition to behave sexually. Desire dispositionalists argue that it is a disposition to desire sexually. We argue that sexual orientation is not best understood in terms of dispositions to behave or dispositions to desire before arguing that dispositions tout court fail to illuminate sexual orientation. (...) We then introduce and defend the idea that sexual orientation is best understood in terms of categorical phenomenal properties of sexual arousal. (shrink)

Tennenbaum's Theorem yields an elegant characterisation of the standard model of arithmetic. Several authors have recently claimed that this result has important philosophical consequences: in particular, it offers us a way of responding to model-theoretic worries about how we manage to grasp the standard model. We disagree. If there ever was such a problem about how we come to grasp the standard model, then Tennenbaum's Theorem does not help. We show this by examining a parallel argument, from a simpler model-theoretic (...) result. (shrink)

This paper offers a defense of veritic epistemic consequentialism, addressing its principal critiques. I argue that the core of epistemological value lies in its conduciveness to truth, rendering true beliefs intrinsically valuable. In response to the criticism that this approach may sacrifice individual truths for a greater aggregate and undervalues autonomous inquiry, I emphasize the well-connectedness of beliefs. Each belief's content is a proposition. Propositions are classified as first-order, second-order, third-order, etc., depending on what they are about. Higher-order propositions are (...) about lower-order ones. I assume that if an epistemic agent believes in p, then she tends to believe in higher-order propositions that are about p. These higher-order propositions are more structural beliefs of the agent. If p is false, then falsity may spread over the whole network through higher-order propositions about p. Thus, sacrificing a single belief may bring more damage to the network, which is not acceptable for veritic epistemic consequentialism. Regarding the issue of autonomy, epistemic acts like reflection, inference, etc. can be represented as higher-order propositions. Therefore, veritic epistemic consequentialism values them. (shrink)

In recent years, the advent of Artificial Intelligence (AI) has profoundly reshaped the way we access and utilize humanity's vast reservoir of knowledge. Equipped with this powerful tool, I have undertaken a thorough exploration of the Human Mind, motivated by a growing concern: the evident decline in students' enthusiasm for learning. More specifically, as a professor and researcher, my need for understanding has driven me to explore in depth what defines us as Human beings and what sets us apart from (...) other species. This investigative journey prompted me to reevaluate the evolutionary process, revisit Darwin's theories, and contemplate fundamental questions regarding the nature of time and reality. These reflections ultimately culminated in the formulation of a concept we call the ``Total Universe", a realm in which all possible events and interactions coexist. Building on this concept, we formulated a Theory of Consciousness rooted in the exploration of this Universe through our minds. This culminated in the emergence of the ``World of the Mind", which represents Human reality within the Total Universe, the fusion of all existing Human realities. Importantly, this theory not only integrates various theories of consciousness but also provides a clear framework for understanding what it might mean for Artificial Intelligence to attain consciousness. Hence, I invite you to embark on this journey of reflection, guided by this collection of written codes that encapsulate the discoveries made within the Total Universe through my mind, my reality. My perspective may resonate with yours, or it may not, and both are entirely valid. After all, each individual inhabits their own unique reality. (shrink)

There are at least three vaguely atomistic principles that have come up in the literature, two explicitly and one implicitly. First, standard atomism is the claim that everything is composed of atoms, and is very often how atomism is characterized in the literature. Second, superatomism is the claim that parthood is well-founded, which implies that every proper parthood chain terminates, and has been discussed as a stronger alternative to standard atomism. Third, there is a principle that lies between these two (...) theses in terms of its relative strength: strong atomism, the claim that every maximal proper parthood chain terminates. Although strong atomism is equivalent to superatomism in classical extensional mereology, it is strictly weaker than it in strictly weaker systems in which parthood is a partial order. And it is strictly stronger than standard atomism in classical extensional mereology and, given the axiom of choice, in such strictly weaker systems as well. Though strong atomism has not, to my knowledge, been explicitly identified, Shiver appears to have it in mind, though it is unclear whether he recognizes that it is not equivalent to standard atomism in each of the mereologies he considers. I prove these logical relationships which hold amongst these three atomistic principles, and argue that, whether one adopts classical extensional mereology or a system strictly weaker than it in which parthood is a partial order, standard atomism is a more defensible addition to one’s mereology than either of the other two principles, and it should be regarded as the best formulation of the atomistic thesis. (shrink)

In this work, we attempt to define a notion of compositeness compatible with Quantum Field Theory. Considering the analytic properties of the S-matrix, we conclude that there is no satisfactory definition of compositeness compatible with Quantum Field Theory. Without this notion, one must claim that all bound states are equally fundamental, that is, one cannot rigorously claim that everyday objects are made of atoms or that atoms are made of protons and neutrons. I then show how an approximate notion of (...) compositeness may be recovered in the regime where the mass of a bound state is close to a multi-particle threshold. -/- Finally, we see that rejecting compositeness solves several of the "problems of everyday objects" encountered in an undergraduate metaphysics course. (shrink)

Once one accepts that certain things metaphysically depend upon, or are metaphysically explained by, other things, it is natural to begin to wonder whether these chains of dependence or explanation must come to an end. This essay surveys the work that has been done on this issue—the issue of grounding and infinite descent. I frame the discussion around two questions: (1) What is infinite descent of ground? and (2) Is infinite descent of ground possible? In addressing the second question, I (...) will consider a number of arguments that have been made for and against the possibility of infinite descent of ground. When relevant, I connect the discussion to two important views about the way reality can be structured by grounding: metaphysical foundationalism and metaphysical infinitism. (shrink)

In our recent article, together with more than 60 of our colleagues, we outlined a proposal for drug policy reform consisting of four specific yet interrelated strategies: (1) de jure decriminalization of all psychoactive substances currently deemed illicit for personal use or possession (so-called “recreational” drugs), accompanied by harm reduction policies and initiatives akin to the Portugal model; (2) expunging criminal convictions for nonviolent offenses pertaining to the use or possession of small quantities of such drugs (and releasing those serving (...) time for these offenses), while delivering retroactive ameliorative relief; (3) the ultimate legalization and careful regulation of currently illicit drugs; and (4) the delivery of a new “Marshall Plan” focused on community-building initiatives, expanded harm reduction programs, and social and health care support efforts (Earp et al. 2021). We were gratified to see so many thoughtful commentaries on our proposal, and we respond to them in part in this reply. (shrink)

The article focuses on the nature of the modern knowledge society, which is characterized, first of all, by a sharp increase in intellectual capital (education, experience, skills, competencies, know-how, the price of personnel in the labor market, patents, etc.) in the amount of capitalization of large business. The knowledge society is a society of high social dynamics, the embodiment of the migration archetype, of rational discourse and intellectual work, which realizes the well-known thesis “Knowledge is power” in a new way. (...) The last three decades, Nico Stehr, a well-known German sociologist and philosopher has been rethinking, reformulating, and substantiating the theories of the knowledge society, which appeared in the 1960s. The article investigates Stehr’s concept, expresses arguments in its support, and highlights some blank spots that remain inexplicable for him in the light of the social realities of recent years. The conclusion runs that the knowledge society represents a significant social trend in the formation of science and technology as a leading productive force. It also manifests a form of the urban discourse of freedom — the cognitive self-realization of the individual in the spectrum of wide possibilities of the public good as a subject-matter of epistemological urban studies. However, this trend is countered by modern knowledge capitalism (privatization, fencing off of knowledge, including that with the help of patents), as well as by the high degree of risk and uncertainty that dominates the modern world. (shrink)

Maureen Donnelly’s (2016) relative positionalism correctly handles any fixed arity relation with any symmetry such a relation can have, yielding the intuitively correct way(s) in which that relation can apply. And it supplies an explanation of what is going on in the world that makes this the case. But it has at least one potential shortcoming — one that its opponents are likely to seize upon: it can only handle relations with fixed arities. It is unable to handle relations with (...) variable arities. I argue that, all else being equal, relative positionalism ought nonetheless to be preferred to its closest competitors — at least to the extent that the explanation it supplies of relational application is plausible — even though those competitors can handle variable arity relations in addition to fixed arity relations. (shrink)